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Receita para um bom voto
Receita para um bom voto

João Seguim Filho - 19-04-2014 - 21:58:47

Existe mesmo uma receita para que possamos escolher os melhores candidatos para nos representar no governo? Desde que comecei a votar, minha primeira vez foi em 1989, Collor vs Lula, uma enxurrada de opiniões via rádio e televisão me faziam acreditar que o melhor candidato a presidência seria o Sr. Collor de Mello por ser uma pessoa culta, rígido, de opinião forte, decidido do tipo “farei se for eleito”, e do outro lado alguém semi analfabeto, sem um dedo nas mãos, sem cultura (conhecimento acadêmico) que mal sabia se expressar direito, tipo “vote ni mim”. Decidi então votar em uma pessoa que pelo menos tinha presença, ao invés do outro cidadão que devo confessar que já havia o visto em televisão no começo dos anos 1980 em debates com outros político como o Dr. Franco Montoro no primeiro debate no programa do finado apresentador de televisão Ferreira Neto em pleno regime militar, onde fiquei impressionado com as ideias desse homem que mal sabia se expressar. Então votei no Sr. Collor de Mello e para deputado federal no Sr. José Dirceu ao qual eu admirava devido a sua participação no movimento estudantil em 1968, um homem de coragem no enfrentamento do regime ditatorial da época. Pois bem, no que deu? Meu candidato eleito sofreu impeachment acusado por corrupção e acabou renunciando ao cargo. Foi minha primeira desilusão com o sentimento de ter sido enganado e acreditado em uma pessoa convincente. Na época a inflação estava em patamares absurdos, era o ano de 1992 e faltavam dois anos para uma nova eleição e também para a copa do mundo dos Estados Unidos. Já em 1994, agora com um candidato de alto grau de intelectualidade concorrendo ao cargo de presidente, o criador do Plano Real, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso contra mais uma vez o Sr. Semi analfabeto Luis Inácio Lula da Silva. Logicamente não preciso dizer para quem foi meu voto, pai do real e cavalheiro de “ferro” do Brasil por implantar o Neo Liberalismo no país privatizando as principais empresas estatais (nas quais as mais rentáveis aos olhos dos economistas) por preços bem abaixo do mercado e implantou também o chamado Estado Mínimo, ou seja, o mínimo que se investia em educação e saúde passou a ser mais mínimo ainda. Após sofrer várias críticas de seus opositores, soltou a pérola “se o povo desejar ter serviços de qualidade, que pague por eles”. Assim como também mexeu com a previdência onde o direito a aposentadoria integral só seria dada aos 60 anos de idade para homens e 55 anos mulheres, e mais uma pérola “não podemos mais sustentar um exército de vagabundos”. Porém até que a economia estava sob controle e os escândalos até que não foram enormes tirando um pedido de impeachment solicitado pela oposição e não aprovado pelo senado conseguiu se reeleger e terminar seu mandato sem muitos problemas. O ano era 2002, mas agora me sentindo “vacinado” procurei pesquisar a fundo o passado dos candidatos de todos os níveis (presidente, governador, deputados e senadores). Venceu Luis Inácio Lula da Silva, eleito como “um salvador da pátria”. A ideia da população era: se com gente formada e estudada não está dando em nada, por que não tentarmos alguém que já há tanto tempo está querendo ser presidente e por que não dar-lhe uma oportunidade. E foi isso o que aconteceu, porém o seu primeiro mandato foi marcado por inúmeros escândalos e o pior deles, “o mensalão”, e “ele não sabia da existência”. Governou sob seu carisma e de forma populista conseguiu manter a admiração das camadas mais pobres da população principalmente com a implantação ou continuação do “bolsa escola” da época FHC, só que agora sob o nome de bolsa família garantindo assim sua reeleição e mais tarde a eleição de sua sucessora que na qual agora se vê envolvida no escândalo da Petrobras. Após tudo isso pergunto: será que é o povo brasileiro que realmente vota errado, ou é o nível dos políticos brasileiros que é baixo e que o Brasil é apenas o paraíso para políticos corruptos? Na minha opinião hoje o bom governo é aquele que cumpre com seus compromisso aos anseios do povo, independente de ideologias seja de esquerda ou de direita.